Olá hj vou testar o Fedora Workstation 31
Históricamente com o GNOME (v3.34.1) com uma das implementações mais coesas.
Tras programas como:
firefox
libreoffice
e outros gnome apps como:
GNOME
software;
videos;
calendário;
cheese;
contatos;
boxes entre outros.
Não da para chamar de uma instalação enxuta, mas também está longe de ser uma instalação muito inchada.
Se quiser uma instalação enxuta/mínima do GNOME, veja este artigo.
Veja que todos os programas cabem em uma pagina do grid.
Mesmo que não coubesse em uma pagina, agora é possível criar e renomear grupos de apps:
Primeira coisa que fiz após instalar, foi notar a animação de boot, que funciona perfeitamente, após o grub não vejo telas de log ou coisas do tipo.
Então fiz o primeiro update do sistema, pois isso não é feito na instalação. Via GNOME Software, o fedora te recomenda reiniciar para aplicar as atualizações de forma segura, semelhante ao que vemos no Windows ou Android…
Porém de uma forma muito mais rápida
E após o primeiro boot depois das atualizações, será notificado pelo GNOME que te mostrará o que foi atualizado. Você ainda pode instalar as atualizações com o sistema ativo, mas terá que usar o comando dnf update no terminal e reiniciar manualmente, caso precise.
Por padrão o GNOME vem com Wayland, desde o f24, mas se vc precisa gravar tela do desktop com o OBS ou qualquer outro screencast (tirando o nativo do GNOME) ainda é necessário usar o xorg. Na minha experiência com AMD GPU, o wayland se sai muito bem em games, não notei ganho de desempenho por isso, mas notei menos tearing e lentidão no shell, quando em modo janela.
Com sistema atualizado, adicionei o flathub, da maneira tradicional clicando no link do site e adicionando via GNOME software. A novidade aqui é que basta atualizar na aba “atualizações” e já poderá instalar mais de 600 flatpak’s disponíveis atualmente.
Continuando na GNOME Software, existe o botão de repositórios de terceiros, que basicamente adiciona o RPMFusion apenas para Nvidia, Steam e o repositório do Google Chrome.
Alguns pacotes do próprio repositório rpm do Fedora não foram encontrados, como: audacity e minetest.
Neste ponto posso dizer que flatpak’s do flathub tem mais integração com o GNOME, do que os próprios rpm’s do Fedora.
Sendo assim, necessário usar o terminal ou dnfdragpra, para instalar o que a GNOME Software não lhe mostra.
Algo que não aconteceria caso o RPMFusion completo fosse adicionado.
Tirando estas inconsistências, o Fedora ainda trás por padrão seu próprio repositório flatpak, baseado em suas rpm’s, ou seja, opção redundante de apps.
Se você adicionar o flathub por exemplo, terá 4 opções de GIMP para instalar, porém a GNOME Software mostra apenas 3.
São dos repositórios:
Fedora rpm
Fedora flatpak
Flathub
E o repositório modular.
O repositório modular é mais uma iniciativa do fedora, para oferecer pacotes de versões diferentes do atual repositório, porém focado em desenvolvedores e não se integra a GNOME Software.
O Fedora agora traz o openh264, oficialmente mantido pela Cisco junto com o Fedora. Pode instalar via GNOME Software em: complementos/codecs/GStreamer Multimedia Codecs – H.264
Porém no momento não funciona com livestream’s no Youtube ou Twitch. Más vídeos e o player de vídeo padrão, irão rodar seus .mp4.
O desempenho do GNOME 3.34.1 é notável, assim como o aumento da integração com flatpak’s. Com muitas áreas de trabalho virtuais e praticamente todos programas abertos, O processo gnome-shell se mantém com 152mb e o uso total em média 2.3 GB na memória RAM.
Agora para números de inicialização
Tempo de boot:
Média de 57s
Uso de ram inicial:
1GB
Comparado com Ubuntu, neste mesmo HD foi 20s mais rápido
E usou 100mb a mais de ram inicial.
HW:
i7 4790k
16GB ddr3 1600mhz
RX 580 8GB
HD 5200 rpm
Monitor1: 2560×1080
Monitor2: 1360×768
A experiência do Fedora não é das mais “out of the box” para o usuário comum. Muito por conta da sua tendência de oferecer soluções, primeiramente, para desenvolvedores. Porém creio que fica claro, que o projeto busca uma boa experiência e design para o usuário, tentando manter a DE mais integrada possível com as tecnologias open source.
Creio que falha no ponto de oferecer muitos repositórios e ao mesmo tempo não serem muito úteis, como o repositório flatpak com os mesmos pacotes e versões dos rpm’s.
Oferecer o repositório modular mas com poucas opções até mesmo para desenvolvedores.
Oferecer repositórios de terceiros, mas limitado a NVidia, steam e Google Chrome, ao invés de simplesmente adicionar o flathub ou o rpmfusion completo.
Concluindo, o Fedora traz pequenos detalhes que ajudam na experiência do usuário mas também peca em outros
Prós:
- Traz um bom design do GNOME padrão (não apenas visualmente falando);
- Uma boa primeira impressão, com animação de boot;
- Aprimoramento das novas tecnologias, incluindo aquelas que o usuário comum não vê e que geralmente beneficia toda a comunidade linux;
- Updates feitos de uma maneira mais segura;
- Pacotes atuais, porém testados;
- Integração com flatpaks e flathub.
Contras:
- Falta de integração com repositórios de terceiros, um dos principais pontos que afeta o uso tanto de usuários comuns, quanto dos mais experientes. Pois a maioria dos usuários, mesmo conhecendo sobre o rpmfusion e flathub, querem ter este suporte de uma maneira fácil e integrada ao sistema.
- Repositório modular com poucas opções e muitas vezes inúteis para o usuário comum/médio.
- Funcionamento do openh264 ainda deixando a desejar.
Eu fico por aqui, obrigado e até a próxima!
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