O CentOS 8 é baseado/clone do Red Hat 8 que por sua vez é baseado no Fedora 28. É um sistema focado no uso enterprise, porém mantido de forma comunitária em com uma relação próxima a RHEL.
Se você espera ver ferramentas de sysadmin, desenvolvimento, servidores em geral…este não é o artigo que pensa, apenas uma review, em minha visão, focado na experiência em uso de desktop comum
Instalador
Usa o Anaconda, assim como o Fedora e RedHat, com algumas opções diferenciadas. Deixei o particionamento automático e em “seleção de software” marquei “Workstation” sem nenhuma “extensão para ambiente” da direita:
O usuário e senhas são configurados no momento da instalação:
É preciso aceitar o contrato antes de iniciar o sistema:
Após concluir a instalação e reiniciar (sem animação de boot nesta VM) o GDM está selecionado Xorg por padrão e outras opções que nunca vi como: Personalizar e User script:
Ao logar, aquela configuração inicial básica do GNOME:
Belo wallpaper padrão:
Vem com GNOME 3.28.2
Informações de tempo de boot, uso de ram inicial…
Vem com mesa 18.3.1, então se precisar de melhor performance e compatibilidade com AMD e Intel para games, não é recomendável.
Ao abrir a GNOME Software, ouve uma falha com o repositório de extensões, e de firmware via fwupd(que só funciona em modo UEFI) então desabilitei os mesmos:
Os repositórios padrão do CentOS tem o mínimo de apps para desktop, os que estão disponíveis são poucos, fazendo jus a um sistema enterprise:
Fiz uma atualização via GNOME Software, exatamente como no Fedora:
Seus apps padrão, são poucos porém bem selecionados, uma seleção até mais enxuta do que foi o Fedora 28 na época:
Um detalhe que notei (pelo menos nesta VM) a conexão sempre inicia desativada, tendo que conectar manualmente no GNOME:
O RPMFusion possui suporte ao CentOS 8, o que pode ser uma boa ideia caso queira usar driver Nvidia ou algum outro app via rpm. Adicionei via GNOME Software, tal como mostro neste artigo no Fedora:
Os .rpm’s do RPMFusion não apareceram no GNOME Software, mas você encontra facilmente via terminal, pacotes como ffmpeg (necessário para ter o Firefox funcional com codec’s) drivers Nvidia (390 e a última versão) exatamente como no Fedora:
Mas se você ainda não está satisfeito com o RPMFusion, ainda pode usar o Flathub/Flatpak. Instalei o pacote sudo dnf install flatpak (está na versão 1.0.6) e adicionei o flathub via GNOME Software (tal como no Fedora).
Reiniciei, e notei que a GNOME Software não encontrava os flatpak’s ainda, porém creio que depois da atualização no sistema, appstream foi atualizado e liberou algum apps, como Inkscape, GIMP, Libreoffice…(do repo do CentOS)
Mas como no RPMFusion, ainda é possível instalar flatpak’s via terminal:
Você ainda pode usar snap’s e appimage’s no CentOS. Ou seja, app’s de desktop não faltarão. Você transforma um sistema focado em enterprise em um desktop comum facilmente!
Achei o Walppaper padrão bonito, mas faltou criatividade para os outros:
Concluindo, é de fato um “Fedora LTS”. Vem com kernel/mesa relativamente antigos, e isso não me agrada, pois tem mais chances de não reconhecer algum hardware recente e no caso do mesa, não rodar algum jogo. Mas creio ser o suficiente para muito hardware por aí.
Você não vai encontrar muitas pessoas usando CentOS no desktop, pois o foco maior do projeto é no uso enterprise / servidores, na prática, quer dizer que talvez não tomarão “decisões” especificas para o desktop.
Tempo de suporte?
De qualquer forma, hoje em dia, é totalmente usável no desktop comum.
Correções, atualizações e sugestões mande para fastos2016@gmail.com
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